Meus caminhos são tortuosos;
Passo por nebulosas travessas;
Me seguir não é seguro;
Faço o que bem entendo;
Muitas coisas ainda não compreendo;
Me seguir não é seguro;
Carrego maldições;
Em meu coração que arde e sofre separado de mim;
Me seguir não é seguro;
Vivo em exílio constante;
Em dúvidas e anseios;
Me seguir não é seguro;
Deixo as asas da saudade encolhidas;
Como se pudesse ouvir outras bocas chamando meu nome;
Me seguir não é seguro;
Recebo olhares que transbordam a alma gélida de quem me olha;
Carrego, feita de velhas árvores, a pesada cruz que me transforma;
Me seguir não é seguro;
Amadureço rindo da velhice;
Perco o compasso do círculo perfeito;
Me seguir não é seguro;
Perdi o que foste o melhor beijo;
Costumo exagerar na goiabada em cima do queijo;
Me seguir não é seguro;
Mas se insistes;
Ora (direis) não deixo pegadas!
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