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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Você me faz Acreditar

Nunca dou um nome a um texto antes dele terminado; 
Seja talvez, porque pensamos demais; 
Nunca confie em ninguém, nunca seja ninguém; 
Você só será você, quando parar de pensar; 

Mas você me faz acreditar 

As coisas não significam nada, a menos que você faça elas significarem; 
Avida é estranha, aos estranhamente perfeitos; 
Dividem suas dores, não compartilham suas alegrias; 
Tenho asco de vocês e de suas mentiras; 

Mas você me faz acreditar 

Pobres de espírito, mas ricos de orgulho; 
Mostram ao mundo, seus dotes, seus carros esportivos, suas mulheres encantadoras; 
Não, não tenho ódio das pessoas, mas sabe, prefiro mantê-las á distância; 

Mas você me faz acreditar; 

É existem coisas piores que a solidão, algo parecido, com todos vocês; 
São todos iguais, em épocas de festas, sempre fazem mais; 
Por vocês mesmos; 

Mas você me faz acreditar; 

Não dou nomes à vocês, vocês se conhecem, sabem quem são; 
Neste mundo o insano é são; 
E meus pensamentos são desperdiçados, e minhas palavras em vão; 

Mas você me faz acreditar ....


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os Poemas se Terminam

Sabe-se que um poema é bom, quando lágrimas caem dos olhos; 

Quando um poema é bom, seu coração bate, como a massa de bolo na batedeira;

Meus poemas talvez sejam bons, pois, o pássaro azul sempre pousa para ouvi-los; 

Sabe-se que um poema é bom, quando comparado a um copo de cerveja bem gelada, e do cigarro mais uma tragada;

Quando um poema é bom, é saber que cessas tua leitura, e o pássaro azul levanta voo; 

Meus poemas talvez sejam bons, pois eles, me fazem encarar a morte, e dar gargalhadas de sua roupa; 

Sabe-se que um poema é bom, Quando lhe escutam no bar, mesmo de garganta seca; 

Quando um poema é bom, pede-se para amar devagarinho, meu amor é breve, e a poesia termina num suspiro; 

Meus poemas talvez sejam bons, não fumei mais nenhum cigarro, e de escrever, não terminei; 

Sabe-se que um poema é bom e quando um poema é bom, talvez seja porque,  eles saibam a hora de se terminarem...... 


Na Montanha dos Czares

Subo pelas trilhas sem pressa de chegar ao topo; 
Os caminhos são difíceis, mas não impedem meu escopo; 
Sentimento bem sentido, sigo em frente o meu caminho; 

Suor escorre pelo rosto, pernas bambas de cansaço; 
Meu destino é bem certo, e não sei usar  compasso; 
Vou subindo frente a frente, lentamente, passo a passo; 

As montanhas, dos Czares, não atraem, meus olhares; 
Busco a vista lá de cima, ser feliz, apesar dos meus pesares; 
Tenho em mente, um céu azul, e o mato das pastagens; 

O gado, a passear, como é linda aquela imagem; 
O calor, embaça a vista, meu boi está com sede, vou buscar lhe um pouco d'água; 
As montanhas trazem paz, seus ventos novos ares; 

Quando chegar bem lá no alto, vou ficar, e nunca mais pisar no asfalto; 
Meu boi, muge adoidado, de felicidade, com minha chegada; 
O cavalo na mais pura e alta relinchada; 
Minha vida, meus amores, pela recepção, eu fico grato; 

Não vejo a hora de arar o solo, vou correndo, atrás da enxada; 
Meu boi chamasse Nebuloso e o Cavalo é o Sem Pata; 
Nas montanhas dos Czares, vou morrer devagarinho; 

Meu passeio foi difícil, como foi duro o meu caminho; 
Mas descobri agora, ao lado do Sem Pata e o Nebuloso, como é gostoso o meu cantinho... 



Nosso Ninho

Ilusões são tempos perdidos;
 Ilusões são sonhos escondidos; 
 Me encontro nos desencontros;  

 O tempo passa cada vez mais depressa;
 Os sonhos não nascem mais, apenas, no teatro uma peça;
 Me desencontro nos encontros, o poeta confessa;

Surgem as metáforas da vida;
Amor que não recebe a guarida;
Pássaro que voa, com sua asa ainda ferida;

Foi dada aqui sua sentença;
A falta que me faz tua presença;
Me resta esperar, e ter um pouco mais de paciência; 

Desconfio dos homens e amo os animais; 
Talvez você ainda não saiba, a falta que você me faz;
Afiada penetra a ponta da lança, do guerreiro sagaz;

No coração valente, de quem se importa, e de amar sofre demais;
Talvez fosse mais fácil, apenas pelo campo, eu correr;
Me encontro nos desencontros, bem melhor, eu me esconder;

Escondido, feito brincadeira de criança;
Talvez aquela lança, seja um lembrete de que, há, ainda esperança;
Espero o dia, sem contar o tempo, de cheirar os teus cabelos, tão bonitos, feitos de trança;

Ilusões são tempos perdidos, me diziam meus amigos;
Ilusões são sonhos escondidos, e sem voar está meu amor, feito um pássaro ferido;
Me encontro nos desencontros, não vou viver mais escondido; 

Me ache em meio ao labirinto, alimente meu amor, que por ti anda faminto; 
Viverei, bem mais que em sonho, se você estiver comigo; 
Conserte as minhas asas, e no céu, venha voar, para sempre e sem destino; 

Agora que posso voar, as ilusões voltaram a ter sentido;
Os sonhos voltam a me acordar, não ando mais em desalinho;
Se seu amor você quis me dar, o recebi, no bico do mais colorido passarinho;

Vem comigo fazer amor, até adormecermos no mais confortável e puro linho; 
Venha e não saia mais daqui, pois, meu amor, aqui é nosso ninho.....


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ponto

Sou como um livro inacabado, quase em branco, não saído do prefácio; 
Falar de mim todos querem, mas viver a minha vida não é fácil; 
Nunca vi tantas interrogações, num só lugar, exclamações, só de vez em quando, limpando a vida, vou tentar tirar o pó; 

Não espero a sua pena, não sou digno de dó; 
Como um livro em branco, esquecido na prateleira, vivo cada dia, cada vez mais só; 
As palavras me completam, de pontos, me começam ou me terminam; 

As histórias quando começam, muitas vezes não se findam; 
Difícil terminar, o que se tem muito a contar, prefiro contar as nuvens, as estrelas; 
Minha história, não vale a pena, é apenas mais um drama, da novela mais uma cena; 

Mas sabe de uma coisa, mesmo assim ela é legal; 
Pois ela, ainda não acabou, e não existe um ponto final...... 


Porque Hoje Eu só Quero Escrever


Não digo mais nada me cansei de dizer; 
Minhas palavras são vagas àqueles que não sabem ouvir; 
Hoje só quero escrever; 

Escutar, cansar, lamentar; 
Embriagar, atar, desatar; 
Abraçar, julgar, suar; 

Disse muitas vezes, ouvi muitas mais, escrevi, nem tanto, deveria ter escrito mais; 
Minhas palavras saem no sentido de trazer a paz; 
Mas delas, a correta interpretação não faz; 

Prolixo, perplexo, complexo; 
Saudoso, culposo, maldoso; 
Sereno, moreno, severo; 

Hoje, é só escrever que quero; 
Não digo mais nenhuma palavra; 
Vou ser de hoje em diante, apenas um escritor, definitivamente escrever eu quero; 

Sincero, interno, austero; 
Palermo, ásperospero; 
externo, moderno, eterno; 

Me entenda quem puder, me acompanhe quem quiser; 
Minha vida anda distraída, talvez sejas, falta de tu, minha mulher; 

Distraído, me vejo, querendo escrever, palavras as conheço de monte, mas ainda sim, eu não as quero dizer; 
Porque hoje, eu só quero escrever.......