Ando em campos majestosos;
Penso em minha vida;
E isso me intriga;
Ando em campos de trigo;
O sol embaça a visão, com seu mormaço;
Levo nas costas meu cansaço;
Vou fazer uma trilha no campo;
Semear a mulher que por vidas me encanto;
Colher o trigo, e guardá-lo, junto a lenha ali no canto;
Meu moinho é de vento;
Tenho pães doces e salgados;
As receitas eu mesmo invento;
Hoje vou fazer uma torta de amora;
Para a mulher que amo;
E chamo de amore;
Espero que meus campos vivam mais do que eu;
Eu sou apenas um fazedor de farinha de trigo;
Um homem velho que muito já viveu;
Deixo à vocês meu legado;
No mapa a trilha que fiz;
E no banco um trocado;
Sem vergonha do pecado;
Semeie a mulher que amo;
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