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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Minha Poesia Chora e Sorri

A poesia é sentimento; 
Muitas vezes sentido, muitas vezes ferido; 
A faca de dois gumes e a flecha do cupido; 
Sentimental eu sou, fazer poesia eu vou; 

Sinto tudo; 
Absorvo tudo; 
Carrego fardos, e não uso fardas; 
Da mão calejada, arranco-lhe as farpas; 

Sentimento transcrito; 
Amor sem sentido; 
O correr do perigo; 
O que eu sinto é mácula um veneno; 

A escrever e sentir vou vivendo; 
Quero tirar de dentro esses sentimentos; 
E só consigo quando estou escrevendo; 
Amar e odiar é o que eu faço; 

Mas a poesia e a arte me tem em laço; 
Meu coração pulsa; 
Meu pulsar estremece o corpo todo; 
Quero cantar e gritar feito um louco; 

Sapateando coleto as letras; 
A cantarolar acho minha rima; 
Sorrindo as passo ao papel; 
Chorando amargando o fel; 

Do azedo ao doce do mel; 
Da noiva abandonada no altar; 
Só restou o véu; 
E aos que se apaixonaram; 
Fizeram amor, nas nuvens do céu; 

A poesia é assim; 
Uma hora chora; 
Uma hora sorri; 
Uma hora brinca; 

Grito estridente que o cristal trinca; 
Moça feia ou moça bonita; 
Escolhas e desilusões; 
Cantigas e canções; 

Emoçãozinha ou emoções; 
Gatinhos manhosos; 
Ou famintos leões; 
Da vida se aprende as eternas lições; 

Da doce nêspera aos amargos limões; 
O que seria de mim, sem minha poesia; 
O que seria de mim sem meu chá de lichia; 
E as pétalas das rosas que o vento trazia; 

Escrever é minha arte; 
Escrever é minha vida; 
Que bom poder eu ser o instrumento da escrita...

.... Do que minha poesia sentia.

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