A poesia é sentimento;
Muitas vezes sentido, muitas vezes ferido;
A faca de dois gumes e a flecha do cupido;
Sentimental eu sou, fazer poesia eu vou;
Sinto tudo;
Absorvo tudo;
Carrego fardos, e não uso fardas;
Da mão calejada, arranco-lhe as farpas;
Sentimento transcrito;
Amor sem sentido;
O correr do perigo;
O que eu sinto é mácula um veneno;
A escrever e sentir vou vivendo;
Quero tirar de dentro esses sentimentos;
E só consigo quando estou escrevendo;
Amar e odiar é o que eu faço;
Mas a poesia e a arte me tem em laço;
Meu coração pulsa;
Meu pulsar estremece o corpo todo;
Quero cantar e gritar feito um louco;
Sapateando coleto as letras;
A cantarolar acho minha rima;
Sorrindo as passo ao papel;
Chorando amargando o fel;
Do azedo ao doce do mel;
Da noiva abandonada no altar;
Só restou o véu;
E aos que se apaixonaram;
Fizeram amor, nas nuvens do céu;
A poesia é assim;
Uma hora chora;
Uma hora sorri;
Uma hora brinca;
Grito estridente que o cristal trinca;
Moça feia ou moça bonita;
Escolhas e desilusões;
Cantigas e canções;
Emoçãozinha ou emoções;
Gatinhos manhosos;
Ou famintos leões;
Da vida se aprende as eternas lições;
Da doce nêspera aos amargos limões;
O que seria de mim, sem minha poesia;
O que seria de mim sem meu chá de lichia;
E as pétalas das rosas que o vento trazia;
Escrever é minha arte;
Escrever é minha vida;
Que bom poder eu ser o instrumento da escrita...
.... Do que minha poesia sentia.
.... Do que minha poesia sentia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário